"Uma elefanta mocetona que já estava carecendo de senhor pra cumprir seu destino, viu o bicho tão bonito, mexe pra cá, mexe pra lá, ondulando feito onda quieta, e se engraçou. Falou assim: ‘Que elefante mais bonito, porca la miséria!’"
- ANDRADE, Mário - Nízia Figueira, sua criada. In: Os contos de Belazarte
O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho), ainda que contenha os mesmos componentes do romance. Entre suas principais características estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total.
Normalmente, por ter um tamanho muito reduzido frente ao romance, a crença é de que o conto é um gênero menor e muito mais fácil de ser escrito, o que não é verdade, como afirmam Machado de Assis (“É gênero difícil, a despeito de sua aparente facilidade”), Guy de Maupassant ou Faulkner (1897-1962) (“...quando seriamente explorada, a história curta é a mais difícil e a mais disciplinada forma de escrever prosa... Num romance, pode o escritor ser mais descuidado e deixar escórias e superfluidades, que seriam descartáveis. Mas num conto... quase todas as palavras devem estar em seus lugares exatos”).
O fator mais provável do sucesso do conto na atualidade, frente ao romance, se deve justamente à sua brevidade, ao seu pequeno tamanho, acompanhando, assim, (de certa forma) a velocidade à qual se constituiu e se constitui a nossa sociedade e sua ânsia pela pressa. Dessa forma, o conto consegue conciliar arte com a urgência (talvez desvairada) da sociedade ocidental atual.
Aqui você encontra os contos já publicados na Maria Joaquina. Estão dispostos em ordem alfabética de autor para facilitar sua busca.
Boa leitura!
É necessária a autorização do autor para cópia de qualquer texto desta revista
Respeite os direitos autorais, cite a fonte.
Contato: revista@mariajoaquina.org