8a. Edição – mai/jun 08

Caros leitores,

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Talvez dessa vez não fosse necessário mais um editorial com provocações a se pensar literatura ou arte como uma forma de se olhar a vida sobre outro ângulo. Como diria Quintana, “um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!” Totalmente na contramão do que se entende por ciência e sua necessidade de objetividade (em oposição ao que chamam subjetividade), muitas vezes abstrata.

De muito, esse outro ângulo pode nos ser mostrado por um simples espelho. Com ele podemos nos ver como um outro a nós mesmos. O reflexo do alferes machadiano, antes sem foco, ganhando novamente a dimensão do olhar do outro. Imagem perdida que se renova – a necessidade da alteridade constituidora frente ao vazio/silêncio da ausência.

"Não há os que além de não se enquadrarem de modo algum, podem enquadrar-se em qualquer classificação? Pois tanto quanto sei, senhores, estabelecestes a vossa lista dos interesses humanos de acordo com as cifras médias das estatísticas e as fórmulas da ciência econômica."

- DOSTOIEVSKI, Fiódor - Notas do Subterrâneo

Por falar em espelhos, eles não faltaram na atual edição. Vários textos os trazem permitindo-nos ver nosso próprio reflexo, fazendo com que sintamos como orienta Quintana.

De fim, esperamos que gostem da edição. Agradecemos a todos que enviaram produções. Cada vez mais o trabalho de seleção se torna difícil, além do grande número sempre excelentes produções são enviadas.

Maria Joaquina em sua 8a. edição.

Boas leituras!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Textos

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