Gilvânia de Lima
edição 11
Tenho medo
Medo do medo
Nem sei mais distinguir
Sei não.
Abatida dou conta:
Transformei-me
Sou outra – ulterior -
Fiz de mim uma prisão.
Exausta amigo, sussurro:
- Perdi. Não o venço mais não
Seja pelo tempo
Sequer pela exaustão.
Enfarada parelho, imploro:
- Vem e abraça meu coração
Insto também
- Refreia as minhas mãos.
Dessa forma querido, confidencio:
- O medo se esvai
Liberto-me de vez
Dessa praga eficaz.
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